O Cineclube Universitário exibiu o filme Árido Movie, do Diretor Lírio Ferreira (2006), no dia 23/09, às 16h30min.
Acadêmicos dos mais diferentes cursos da UFFS participaram. Durante um pouco mais de uma hora e cinquenta minutos, pararam para pensar sobre a realidade a qual muitas vezes não damos a devida atenção, porque pensamos que talvez essa realidade esteja longe demais de nossas vidas.
Logo após o término do filme ocorreu o debate, que fez surgir nesse meio acadêmico inúmeras questões polêmicas de nosso Brasil. Uma delas foi a diferença cultural que existe em todo o nosso território nacional, a qual podemos defini-la como uma realidade mais árida do que aquela que o próprio filme mostrava. Outro ponto debatido foi o uso das drogas, principalmente pelos jovens, ou seja, por aqueles que querem ficar 24 horas “ligados com o mundo”, necessitando de “algo forte” que os possibilite encarar uma realidade totalmente diferente da nossa. Nesse país, temos as mais diversas situações vivenciadas por nossos jovens que se envolvem no mundo das drogas e acabam deixando o estudo, o trabalho, o lazer, atividades que passam a não ser mais prioridade para eles.
Agora, permanece uma pergunta: porque se sujeitar a tudo isso? A quem será que eles seguem? Qual a culpa da mídia, que acaba por inúmeras vezes coagindo esses jovens a se inserirem no mundo do consumo desenfreado? Difícil de responder, nem eles mesmos sabem, fazem isso simplesmente porque não veem outra saída nessa constante busca momentânea de felicidade. Mal sabem que existem milhões de maneiras de ser feliz, basta olhar ao lado, dar um abraço em um amigo, se divertir, porém, com a consciência no lugar e dentro dos limites.
Outra questão abordada é a falta de água no Nordeste e a perseverança dos nordestinos que lá vivem. Eles não ficam reclamando de tudo, achando que Deus é o culpado do sofrimento, muito pelo contrário, vivem felizes, mesmo sem muita água. Já nós que vivemos longe do nordeste, desperdiçamos água, vivemos reclamando, de “mau com tudo e com todos”, por quê? Talvez, porque ainda não tenhamos sentido na pele o que é ficar sem água por meses e mais meses.
Um ar de misticismo, sensação de delírio, euforia, tudo isso o filme proporcionou para todos os que acompanharam a sessão.
Ana Paula Wizniewski (Sociologia)
Francisco Buehrmann (Filosofia)
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