sexta-feira, 10 de setembro de 2010

ÁRIDO MOVIE - SETEMBRO

Olá, pessoal.

O próximo filme exibido no Cineclube será "Árido Movie", dirigido por Lírio Ferreira (2006).

Será dia 23/09, quinta-feira, às 16h30min, na Sala de Aula 7, campus de Chapecó!

Venha participar!


Os participantes ganharão certificado que contará como ACC (Atividade Curricular Complementar).



Sinopse: Árido Movie narra a trajetória de Jonas, que, desgarrado da família desde pequeno, é apresentador da previsão do tempo em um canal de televisão em São Paulo. O inesperado assassinato do pai obriga-o a fazer uma jornada de retorno as suas origens. Mas, Jonas desconhece o verdadeiro motivo de sua volta, solicitada pela avó, Dona Carmo, que escolhe-o para vingar a morte do pai e lavar a honra da família. Ao chegar a Rocha, sua cidade natal, Jonas encontra um clima de vingança pairando no ar. O enterro do seu pai é carregado de emoções dúbias. É aí que Jonas descobre o seu infortúnio: o peso de ser o herdeiro de uma realidade que já julgava não ser mais a sua.

Assista ao trailer:

Dobradinha Sérgio Bianchi - Agosto



O segundo filme da dobradinha Sérgio Bianchi foi o genial "Cornicamente Inviável", lançado em 2000.

Cronicamente Inviável, foi o que concluímos ao final do filme, a respeito de nosso país. Durante uma hora e quarenta minutos assistiu-se a mais pura realidade do nosso Brasil brasileiro ao qual fazemos questão de vestir a camiseta somente em épocas de Copa do Mundo e de Carnaval. Até quando nós vamos continuar com esse sonho? Será que somos éticos naquilo que fizemos? Até que ponto nós somos o que tanto afirmamos ser? Brasileiros ou o que?

A realidade é cruel, porém mais cruel do que isso é o fato de saber da existência de milhares de pessoas que a cada dia são anestesiadas pelos seus patrões, pela mídia, para não dar de cara com a miséria, com o grito daqueles que são vítimas da violência, da opressão social. A existência de regiões mais desenvolvidas não justifica a pobreza, a fome, a descriminação numa periferia, numa favela ou até mesmo em outra região. Tal fator também não deve ser considerado o motivo pelo qual existe o preconceito. Afinal, qual a identidade que formamos nesses mais de 500 anos de história? Por incrível que pareça, ainda temos muita massa de manobra que segue desiludida, de olhos vendados, o objetivo imposto por pessoas que só querem tirar proveito da situação. 

Inúmeras foram às questões ressaltadas pelo filme e lembradas pelos acadêmicos que fizeram uma profunda reflexão, inclusive posicionando-se contra a venda de crianças, o tráfico de órgãos, a violência policial, o racismo, a destruição desenfreada da Amazônia. Concluiu-se que inúmeras são as pessoas que não querem ver, e até em certos casos desconhecem tal realidade. Porém, outras não fazem nem idéia de como reagir a tais situações, preferem ficar sem fazer nada a reverterem os fatos. Consideram a luta contra as mazelas sociais uma tarefa árdua ou desnecessária, pois as coisas “da mesma forma como aconteceram, acabarão por desaparecer”. Doce ilusão!

Também por que se preocupar, perder seu tempo pensando como ser mais ético perante as realidades apresentadas? Não há motivos para tal inquietação, é preferível assistir aquilo de “bom” que a mídia apresenta; pois ao que tudo indica, segundo a mídia, o Brasil é um “paraíso tropical, de belezas sem igual e de gente alegre”. Mas aquilo que acontece nos bastidores desse cenário nacional aparece onde nas reportagens?
Conclui-se ao final do debate que a tarefa de despertar uma consciência sobre esse país ao qual pertencemos vala a pena ser feita. Assim, está mais do que na hora de buscarmos mudar tal realidade, de despertar para a vida e deixar de ser massa de manobra, ou simplesmente pessoas alienadas, e, acima de tudo, é hora de buscarmos ser éticos naquilo que realizamos no nosso dia-a-dia, comprometendo-nos com a busca de uma nova atitude perante os acontecimentos nacionais.


Francisco Buehrmann
Acadêmico do Curso de Filosofia

Dobradinha Sérgio Bianchi - Agosto

Excepcionalmente, no mês de agosto tivemos duas exibições, ambas de filmes do cineasta brasileiro Sérgio Bianchi. As exibições fizeram parte das atividades de recepção aos calouros da UFFS.

O primeiro filme, "Quanto vale ou é por quilo?" (2005), foi exibido dia 26/08, com início às 13h30min.

Tivemos a participação de acadêmicos dos cursos de Ciência da Computação, Pedagogia, Licenciatura em Filosofia, História e Sociologia, dos turnos da manhã e da noite, além de dois professores e de dois discentes ligados ao Projeto do Cineclube.

O filme retrata a questão da escravidão, da miséria, fazendo uma profunda análise entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração de pessoas, até porque apenas o que mudou de antigamente para os dias atuais é o formalismo, ou seja, temos uma Constituição de Leis Formais que nos mostram direitos e deveres que todo o cidadão tende a cumprir, porém, continuamos sendo “escravos sem donos”. Também faz uma grande crítica as ONGs que desenvolvem projetos solidários, porém, corruptos, porque até para ajudar outras pessoas, pedem algo em troca.

No debate que se seguiu após o filme, discutimos que, vivendo em dias chamados de “modernidade”, devido a contínua urbanização, industrialização e tecnologia avançada, todos querem usufruir de “poder”, ter o domínio nas mãos. Ninguém se importa com a relação harmoniosa com os outros. Assim, vivemos sendo “mandados” por uma minoria que além de possuírem o “poder”, são praticamente os únicos que possuem acesso a tal “modernidade”, pois, para pessoas “comuns”, tudo que é moderno não é tão acessível.

Debatemos também que, nos dias de hoje, dá trabalho ser honesto, ter a consciência limpa, ajudar os outros de coração, mesmo recebendo críticas de volta. Somos escravos do dinheiro, fazemos tudo em torno dele, trabalhamos para ele, vivemos para ele, não damos valor às pequenas coisas da vida, enfim, deixamos a felicidade de lado para “ficarmos com ele”.

O filme procurou motivar uma profunda reflexão que teve por base um “acordar para a realidade”. Nos mostrou que existem pessoas com uma situação extremamente pior que a nossa, que está na hora de pararmos de reclamar da vida, pois milhares de pessoas, com certeza queriam estar em nosso lugar.

Um dos estudantes presentes nos lembrou uma frase do filósofo Jean Jacques Rousseau, a qual devemos utilizá-la em nossa vida: “ Haja de tal forma que suas ações se transformam em leis universais”. Portanto, sejamos solidários de “coração”, vivamos de tal maneira que ganhar dinheiro seja apenas uma consequência do trabalho. E lembremos sempre que doar, ajudar, são os maiores instrumentos de poder que alguém pode possuir.

Confiram no site da Imprensa Oficial de São Paulo o roteiro completo do filme:

http://aplauso.imprensaoficial.com.br/edicoes/12.0.813.249/12.0.813.249.pdf

Ana Paula Wizniewski
Licenciatura em Sociologia

PRIMEIRA EXIBIÇÃO - JULHO


A primeira exibição do Cineclube foi um sucesso! Aconteceu no semestre passado, em julho, e trouxe muitas reflexões.

Alunos de Letras, Filosofia, Geografia e História da UFFS assistiram ao filme "O Enigma de Kaspar Houser", de Werner Herzog (1974).

O caráter social da linguagem e o processo simbólico de interação humana foram os destaques do debate que aconteceu após o filme.

A atividade teve a presença de dois membros da Associação de Cinema e Vídeo de Chapecó e Região (Cinelo), Daniela Farina e Ricardo Sékula. Aproveitamos para agradecê-los pelas contribuições no debate.

Título original: JADER FÜR SICH UND GOTT GEGEN ALLE (“Cada um por si e Deus contra todos”)

Diretor: Werner Herzog.

Ano de lançamento: 1974.
Cidade: Alemanha.
Gênero: Drama
Duração: 109 min.
Novo Cinema Alemão (1960-1980)


Confiram a reportagem sobre o Cineclube, divulgada no Portal da UFFS:
http://www.uffs.edu.br/wp/?p=23401
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Primeiro Post!


Olá, pessoal!

Com este blog, iniciamos a divulgação na internet do Cineclube Universitário, um projeto de extensão que pretende ser uma alternativa de acesso ao cinema em Chapecó.

Mensalmente, no campus da UFFS, acontecerão exibições de filmes autorais ou não-comerciais, seguidas de debates sobre os assuntos levantados a partir dos filmes.

Todas as sessões serão gratuitas e com fins didáticos.

Todos os alunos da UFFS estão convidados!