quarta-feira, 29 de junho de 2011


FOOD INC

            Você sebe de onde vem a sua comida? Essa é a pergunta central do documentário Food Inc, dirigido por Robert Kenner. Um dos principais problemas apontados pelo documentário está baseado na centralização da produção alimentícia, o controle desde a criação, até o processamento final do produto. É apontado nitidamente o rigor pelo qual os fazendeiros são submetidos para a produção de frangos, gado e suínos. Mostrando pela primeira vez, sem véus o que há muito tempo era escondido dos consumidores, como ocorre o processo de engorda, a administração de hormônios para que no menor prazo de tempo possível os animais estejam gordos e prontos para o abate, não importando o resultado de milhares de aves mortas antes mesmo do abate.
            Quanto é que realmente sabemos acerca dos alimentos quer adquirimos para o nosso consumo? O consumo de nossas famílias?
            O fornecimento de alimentos na atualidade está controlado por uma minoria de indústrias tais como o famoso Mcdonald, a Wall-Mart, (...) que detém um monopólio exagerado de produtos que são impostos para os consumidores como sendo os produtos que devem ser consumidos pelo consumidor, que em virtude da correria do dia-a-dia opta pelo consumo dos fast foods, ou seja, pelas comidas rápidas.
Carole Morison, fazendeira do Estado de Maryland.
            Dessa maneira, o filme nos questiona quanto vale a nossa saúde? Quantos acidentes não ocorrem ao longo do processo de produção? O quanto não é prejudicado o trabalhador que além de “trabalhar praticamente de graça” e estar sujeito a contrair qualquer tipo de doença, está submetido a uma empresa que sempre mais exige investimentos e acaba por “amarrar” o agricultor. A fazendeira Carole Morison, do Estado de Maryland, mostrada no documentário, foi à única que autorizou a entrada das câmeras para mostrar frangos morrendo antes de serem postos no mercado, devido, à engorda rápida promovida pelos antibióticos inseridos nas rações. Depois da filmagem, a empresa encerrou o contrato que tinha com ela.
Eles podem não ter a melhor aparência,
mas são saudáveis.
       Não devemos esquecer-nos do consumidor final que por não saber o que de fato consome acaba tendo altas taxas de obesidade em virtude da má alimentação. Pois, a mídia transmite uma imagem de alimentos saudáveis agradáveis aos nossos olhos, mas que na sua essência não trazem nenhum valor nutritivo. Vamos além de repensar nossos hábitos alimentares, fazer a opção por alimentos orgânicos. Pensemos nisso.

   Francisco Xavier Buehrmann
Acadêmico do curso de Licenciatura em Filosofia.


Ana Paula Wizniewski
Acadêmico do curso de Licenciatura em Ciências Socias