O filme Machuca, do diretor Andrés Wood, retrata de modo particular o que foi o cruel golpe militar de 1972 no Chile, por meio dos encontros e desencontros de três pré-adolescentes. A dura realidade é somada à inocência política da qual muitos de nós fazemos parte e nos deixamos iludir por fanáticos ou mesmo por “revolucionários” que provocam medo e espalham terror e tensão pelas ruas e casas.
No decorrer do filme, apontam-se as características do modesto garoto Pedro Machuca, que quer ser padre quando crescer, “para ajudar os pobres”. Ele se espelha na história do padre escocês McEnroe, reitor de um colégio tradicional de Santiago, figura eminentemente paternal, que passa a introduzir na sua escola meninos das classes proletárias, entre os quais Machuca. Este conhece o “burguês” Gonzalo Infante, um menino com o qual passa a construir uma linda amizade, e a quem apresenta a sofrível realidade da favela onde vive. Ali conhece também Silvana, por quem se apaixona.
Na inocência dos adolescentes que vendiam bandeirinhas em meio a passeatas turbulentas, percebe-se que o golpe militar marcou profundamente o Chile, que ainda hoje trabalha na cicatrização dessa ferida provocada contra a nação chilena.
Desta forma, vale ressaltar que a preocupação maior deve se voltar para trazer para o presente fatos que aconteceram há alguns anos, para que não se venha a cometer os mesmo erros no presente momento da história da humanidade.
Francisco Xavier
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